Wednesday 28 April 2010

Quotes of the day

Be kind
for everyone you meet is fighting a hard battle. 


Plato 
Greek author & philosopher in Athens (427 BC - 347 BC)


When I'm working on a problem, I never think about beauty. I think only how to solve the problem. But when I have finished, if the solution is not beautiful, I know it is wrong.


R. Buckminster Fuller

Tuesday 2 March 2010

125 Azul

 


Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar

Saturday 6 February 2010

Se eu morrer de manhã

- A actriz e escritora Rosa Lobato Faria, foi aplaudida,
esta quinta-feira, depois de o filho ter lido um poema seu
na missa realizada na Igreja de Santa Isabel, em Lisboa.

"Se eu morrer de manhã
abre a janela devagar
e olha com rigor o dia que não tenho

não me lamentes. Eu não me entristeço:
ter tido a noite é mais do que mereço
se nem conheço a noite de que venho.

Deixa entrar pela casa um pouco de ar
e um pedaço de céu
o único que sei.

Talvez um pássaro me estenda a asa
que não saber voar
foi sempre a minha lei.

Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que não venho
e do mistério nada te direi.

Diz que não estou se alguém bater à porta.
Deixa que eu faça o meu papel de morta
pois não estar é da morte quanto sei."


Rosa Lobato de Faria

Wednesday 3 February 2010

Rosa Lobato de Faria

Chamar A Música

Sara Tavares

Composição: João Carlos Campos Sousa & Mota Oliveira
 
 
Esta noite vou ficar assim
Prisioneira desse olhar
De mel pousado em mim
Vou chamar a música
Pôr à prova a minha voz
Numa trova só p'ra nós
Esta noite vou beber licor
Como um filtro redentor
De amor, amor, amor
Vou chamar a música
Vou pegar na tua mão
Vou compor uma canção

Chamar a música
A música
Tê-la aqui tão perto
Como o vento no deserto
Acordado em mim

Chamar a música
A música
Musa dos meus temas
Nesta noite de açucenas
Abraçar-te apenas
 E chamar a música

Esta noite não quero a TV
Nem a folha do jornal
Banal que ninguém lê
Vou chamar a música
Murmurar um madrigal
Inventar um ritual
Esta noite vou servir um chá
Feito de ervas e jasmim
E aromas que não há
Vou chamar a música
Encontrar à flor de mim
Um poema de cetim

Chamar a música
A música
Tê-la aqui tão perto
Como o vento no deserto
Acordado em mim
Chamar a música
A música
Musa dos meus temas
Nesta noite de açucenas
Abraçar-te apenas
E chamar a música

Saturday 23 January 2010

E o Mário, o que acha?

"Onde estive mais tempo foi em Inglaterra. Com as idas e vindas, estive sete anos em Londres, na década de 60. Estava farto de latinos e fiquei a gostar dos anglo-saxónicos. Chamam-lhes hipócritas, mas eles não são. 
São actores. Estão sempre a representar Shakespeare.

Um vagabundo chega à tabacaria e pede: ‘May I have a box of matches, please?’ Isto é linguagem de príncipe. ‘May I have’... ‘Poderei eu ter ...Uma caixa de fósforos’. Um vagabundo. Os outros são iguais ou ainda mais sofisticados.

Já os americanos são uma espécie de ingleses a quem tiraram a inquietação, a metafísica. De maneira que eles andam muito contentes, 
‘How are you?’, ‘Fine, thank you’. 
Com imensas dores de estômago porque a comida é muito má."

Cesariny

Friday 22 January 2010

the new wave

email is so last century

duarte.tiberio@googlewave.com

Friday 8 January 2010

uma gaivota voava voava


Letra e música: Ermelinda Duarte


Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo cualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Wednesday 16 July 2008

A new year begins:

One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

---Even losing you /*me*/ (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

-- Elizabeth Bishop

carolina